Recentemente ocorreu o comité de investimento do Banco Best, onde foram analisados os acontecimentos económicos mais recentes e definida a visão sobre as diferentes classes de ativos de investimento.
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Ligeiramente Positivo
Neutro
Ligeiramente Negativo
Mantemos uma posição neutra, dado que o BCE continua em pausa relativamente a alterações nas taxas de juro.
O ouro mantém-se como diversificador num contexto de dólar mais fraco e inflação persistente. Energia e metais industriais beneficiam da procura ligada à tecnologia e à IA, enquanto estratégias de retorno absoluto e ativos reais continuam a desempenhar um papel importante na diversificação.
Dívida pública europeia: Neutro, com margem para cortes
adicionais se a inflação recuar.
Dívida pública norte-americana: Neutro; a Fed deverá
equilibrar o apoio ao mercado de trabalho com o controlo da
inflação, enquanto os défices elevados podem levar a uma inclinação
da curva de rendimentos.
Crédito investment grade: Neutro; spreads apertados e
balanços sólidos sustentam esta posição.
Dívida High Yield: Ligeiramente negativo, devido a
valorizações esticadas.
Dívida emergente: Ligeiramente positivo; yields reais
elevadas e fundamentos robustos reforçam a atratividade.
Europa: Neutro; valorizações razoáveis, mas desafios
persistem em competitividade e comércio.
EUA: Neutro; resultados sólidos contrastam com valorizações
elevadas e incerteza em torno da IA.
Emergentes: Ligeiramente positivo; crescimento e valorizações
mais favoráveis, com menor risco de escalada tarifária
Estados Unidos: A economia continua a mostrar
sinais de resiliência, apesar da menor visibilidade
causada pelo Government Shutdown. As condições
financeiras permanecem favoráveis, com taxas de juro
mais baixas e um dólar menos forte, enquanto o
investimento em tecnologia e inteligência artificial
continua a ser um motor importante. Ainda assim, existem
sinais de abrandamento no mercado de trabalho e uma
crescente preocupação com a acessibilidade dos preços,
desde bens essenciais à habitação. O banco central
norteamericano (Fed) tem adotado uma postura mais
cautelosa, podendo reduzir menos as taxas do que
inicialmente esperado.
Zona Euro: O crescimento mantém-se suportado por
políticas monetárias e fiscais mais expansionistas e
pelo bom desempenho das economias da periferia. A
inflação estabilizou, permitindo ao BCE manter uma
posição de espera, embora não se exclua a possibilidade
de novos cortes caso a pressão descendente sobre os
preços se intensifique.
Mercados Emergentes: Na China, o ritmo de
crescimento tem abrandado, com sinais de menor procura
interna e desafios no setor industrial, apesar das
vantagens estruturais em áreas como energia e
matérias-primas. As economias emergentes, por sua vez,
beneficiam de um dólar mais fraco e de taxas reais
atrativas, mantendo fundamentos sólidos.
Depois de um outubro positivo, novembro começou com
maior volatilidade: subida das yields, alargamento dos
spreads e aumento da incerteza. O fim do shutdown trouxe
alguma estabilização, mas os investidores mantêm uma
postura prudente, sobretudo face ao entusiasmo em torno
da inteligência artificial. O ouro continua a
destacar-se como ativo de refúgio, enquanto as ações
fora dos EUA têm superado as norte-americanas. As
obrigações permanecem atrativas, oferecendo rendimentos
elevados e baixa correlação com outros ativos, e a
dívida emergente negocia com spreads próximos dos
mínimos da última década.
Quanto aos mercados acionistas, Novembro iniciou com um
recuo, refletindo três fatores principais: (i)
preocupações com valorizações elevadas das tecnológicas
e receios de uma possível bolha ligada à IA; (ii) tom
mais hawkish por parte de membros da Fed; (iii) dados do
mercado de trabalho privado nos EUA mais fracos do que o
esperado. Apesar disso, os lucros das empresas
permanecem sólidos e os planos de investimento em IA não
mostram sinais de abrandamento, sugerindo que esta
correção foi mais um ajuste de sentimento e de avaliação
do que uma alteração nos fundamentos corporativos. Nos
últimos dias, as ações recuperaram, impulsionadas por
dados macroeconómicos mais fracos nos EUA e pelo reforço
da expectativa de um corte de taxas pela Fed em
dezembro. As tecnológicas recuperaram das quedas, mas
houve uma rotação setorial que beneficiou setores mais
defensivos, como a saúde nos EUA.
Índices acionistas recuperaram as perdas do início do mês com rotação setorial
Para que não perca de vista o que de mais importante se passou neste mês, destacamos de forma sucinta os principais acontecimentos que marcaram a economia global e os mercados financeiros.
Beige Book da Fed: sinaliza divergências entre as dificuldades dos consumidores de médio/baixo rendimento e otimismo dos de rendimento elevado.
EUA: Congresso aprova fim do Government Shutdown. O pagamento dos retroativos de salários e pensões reduzirá o impacto negativo no PIB.
China: pode estar a desenvolver um sistema de exportações de minerais raros que dificultará o acesso a empresas de defesa dos EUA.
Google vs. Nvidia
A concorrência chegou ao hardware da
Inteligência Artificial (IA). A Nvidia
lidera o mercado, mas os avanços da Google
com modelos de IA bem-sucedidos, indicam um
panorama em rápida evolução. Ambas as
empresas deverão disputar a liderança. que
terá um impacto na indústria da IA nos
próximos anos.
Ao nível da economia global, o mês foi marcado pelos seguintes fatores e acontecimentos:
EUA: em setembro, as vendas a retalho revelaram um abrandamento acima do esperado (de 0,6% para 0,2%). A taxa de. desemprego subiu inesperadamente de 4,3% para 4,4%.
ZONA EURO: os PMI sinalizam um crescimento resiliente, mas heterogéneo, com a componente industrial a regressar à contração (49,7 pontos), enquanto os serviços subiram de 53 para 53,1. Em setembro, produção industrial subiu menos que o previsto (+0,2% MoM vs. 0,7%), mas melhorou face à queda de 1,1% registada em agosto.
CHINA: golden week em outubro faz cair produção industrial de 6,5% para 4,9% YoY e vendas a retalho de 3% para 2,9%. O IPC subiu de -0,3% para +0,2% YoY
O acompanhamento da evolução dos mercados financeiros, a par da diversificação de investimentos, é um pilar base para a construção de uma carteira de investimentos adequada. Saiba resumidamente o que marcou os diferentes mercados este mês.
AÇÕES: novembro iniciou com um recuo, face: i) preocupações com avaliações elevadas das tecnológicas (aumento dos receios de uma possível bolha de IA); ii) membros da Fed mais hawkish; iii) dados do mercado de trabalho privado nos EUA mais fracos do que o esperado. Os lucros das empresas permanecem fortes e os planos de investimento em IA não mostraram sinais de abrandamento, sugerindo que essa retração reflete ajustes de sentimento e de avaliação, e não uma alteração nos fundamentos corporativos. Nos últimos 10 dias, as ações recuperaram, impulsionadas por dados macro fracos nos EUA e reforço da expetativa de corte da Fed em dezembro. As tecnológicas recuperaram das quedas, mas houve uma rotação setorial que beneficiou setores mais defensivos (e.g. healthcare nos EUA).
OBRIGAÇÕES: mês volátil face à incerteza pela falta de dados macro dos EUA e pelas dúvidas em relação à política monetária da Fed. No final do mês, regressou a expetativa de haver um corte dos juros em dezembro, fazendo regressar a yield do T10Y aos 4%. Já a yield do bund 10Y subiu 6 bps, com as perspetivas de um BCE on hold e do reforço das emissões líquidas da dívida alemã.
CÂMBIOS: mês com valorização do EURUSD, a beneficiar da expetativa de cortes dos juros pela Fed (dezembro e 2026), e que o BCE deverá ser mais prudente do que o previsto anteriormente.
MATÉRIAS-PRIMAS: mês positivo para o ouro, suportado pela expectativa de alívio dos juros pela Fed. Já o petróleo corrigiu, na sequência dos esforços dos EUA para garantir o fim da guerra na Ucrânia (que poderá levar à suspensão das sanções à Rússia).
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